Ana Cunha

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"A vela fez-me acreditar que nem tudo estava perdido, que podia continuar a fazer algo que acabou por me dar muito prazer e pela qual facilmente me apaixonei, por outro lado ajudou a amenizar a revolta que sentia..."  

 

Profissionalmente sou organizadora de congressos, exposições e eventos. A minha deficiência foi provocada por um vírus que se alojou na medula o qual me provocou uma paraplegia incompleta, é uma doença rara e dá pelo nome de “Sindroma de Ellesberg”.

Faço vela adaptada na Classe Access no Clube Naval de Cascais desde Junho de 2010, e entrei nesse mesmo ano para a Equipa de Competição.

O meu início na vela deve-se principalmente ao meu filho que me motivou a experimentar e depois a continuar, para ele a vela é uma paixão, desde os 11 anos que pratica, e para mim a vela era apenas ir levá-lo aos fins-de-semana ao Clube Naval em Belém.

A vela fez-me acreditar que nem tudo estava perdido, que podia continuar a fazer algo que acabou por me dar muito prazer e pela qual facilmente me apaixonei, por outro lado ajudou a amenizar a revolta que sentia com o que me tinha acontecido, e também passei a compreender o Francisco meu filho quando refilava que tinha de ir para as aulas quando na verdade queria mesmo era ir para o mar porque estava um bom vento.

Na competição comecei nos barcos Access 2.3, e em 2013 passei para os Access 3.3– onde fiz equipa com o Carlos Araújo.

Desde ai participei em todas as provas nacionais, mas destaco apenas três por me terem marcado, em Maio de 2013 participei no Campeonato Europeu que teve lugar na Suíça, em Arbon, lago Constance, em 2014 fui Campeã Nacional, no Campeonato Nacional de 2015 fiquei em 3º lugar.

Em 2014 fui nomeada pela Câmara Municipal de Cascais para atleta do Ano.

Os meus objectivos são continuar a treinar. Em 2016 vai haver o Campeonato do Mundo que se vai realizar na Holanda e queria muito participar.